“Os pequenos grandes amigos: os
microrganismos na produção de alimentos”
No
dia 23 de Março a turma do 12º A deu início ao projecto “Os pequenos grandes
amigos: os microrganismos na produção de alimentos”, inserido na unidade de
ensino “Como resolver problemas de alimentação da população humana”. O objetivo
desta atividade era compreender o papel de alguns microrganismos, como por
exemplo, leveduras, que atuam na transformação de alimentos ao realizarem o seu
metabolismo. Para tal, os alunos dedicaram-se à produção de pão, transformando
o laboratório de biologia numa autêntica padaria.
Um pouco de
fundamentação teórica…
Para
a obtenção de energia, as leveduras podem utilizar dois processos: respiração
celular (na presença de oxigénio) ou fermentação (na ausência de oxigénio). Em
ambos os processos, é utilizada a glicose para a produção de ATP (forma de
energia utilizada pelas células), com libertação de dióxido de carbono. A
respiração celular utiliza também oxigénio e produz água e grandes quantidades de
CO2, que forma bolhas de gás, ou seja alguns dos “buracos” que encontramos no
pão e que o tornam mais leve. A fermentação, por sua vez, não implica a
utilização de
oxigénio, mas produz menor quantidade de ATP, menor
quantidade de CO2, e ainda etanol
(fermentação alcoólica). Portanto no fabrico de pão seria aconselhável manter
condições que permitissem a respiração celular. As leveduras enquanto têm oxigénio
que entra na massa ao amassar fazem respiração celular. Quando este falta fazem
fermentação.
Mãos na massa
Para
a produção do pão, a professora preparou previamente dois copos: o copo A com
água quente, açúcar e fermento (leveduras), e o copo B com apenas água quente e açúcar. Os alunos pesaram duas
chávenas de farinha com igual quantidade e colocaram-nas em duas taças, A e B,
acrescentando também, a cada taça, uma colher de café de sal fino e uma colher
de chá de manteiga. Mexeram com os dedos a massa formada e acrescentaram à taça
A o conteúdo do copo A e à taça B o conteúdo do copo B. Ficou portanto a taça A
com a mistura com fermento e a taça B com a mistura sem fermento. Deste modo, é
possível analisar a atividade das leveduras, ao observar as diferenças entre as
duas massas.
Após
obter os dois tipos diferentes de massa, estes foram estendidos, batidos e
amassados na mesa. Em seguida, foram colocados
de novo nas respetivas taças, cobertos com película aderente e guardados na
estufa a 37oC durante uma hora. Após esse tempo, verificou-se que a massa da
taça A estava significativamente maior do que a massa da taça B. As duas foram
então divididas em bocados pequenos que foram colocados num tabuleiro untado
com manteiga, cobertos com película aderente e deixados a repousar durante 15
minutos. Verificou-se mais uma vez um aumento do volume da massa com fermento.
Em seguida, o tabuleiro foi colocado na estufa a 230oC durante 15 minutos, até
os pães estarem bem cozidos e prontos para serem comidos. No final, os pães com
fermento eram maiores, mais leves, mais estaladiços e apresentavam mais bolhas
deixadas pelo dióxido de carbono e talvez pelo etanol que ao passar de líquido
a gás, pelo calor do forno, se expandiu e chegou ao nariz de muita gente do bloco
C2 que perguntava:” de onde virá este cheirinho a pão quente?”
Papilas gustativas em ação
Após
todo este trabalho, restava apenas comparar o sabor dos dois tipos de pão. A
turma, a professora e as funcionárias reuniram-se para provar os resultados da
experiência. O pão quentinho e com manteiga foi a melhor forma de terminar o 2º
Período.
É um grande e sentido orgulho pertencer a uma Comunidade Educativa que tem professores, alunos e funcionários tão intervenientes e crentes no que fazem.
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