domingo, 22 de abril de 2012

Transformando o laboratório de biologia numa autêntica padaria



“Os pequenos grandes amigos: os microrganismos na produção de alimentos”
                No dia 23 de Março a turma do 12º A deu início ao projecto “Os pequenos grandes amigos: os microrganismos na produção de alimentos”, inserido na unidade de ensino “Como resolver problemas de alimentação da população humana”. O objetivo desta atividade era compreender o papel de alguns microrganismos, como por exemplo, leveduras, que atuam na transformação de alimentos ao realizarem o seu metabolismo. Para tal, os alunos dedicaram-se à produção de pão, transformando o laboratório de biologia numa autêntica padaria.
               
Um pouco de fundamentação teórica…
                Para a obtenção de energia, as leveduras podem utilizar dois processos: respiração celular (na presença de oxigénio) ou fermentação (na ausência de oxigénio). Em ambos os processos, é utilizada a glicose para a produção de ATP (forma de energia utilizada pelas células), com libertação de dióxido de carbono. A respiração celular utiliza também oxigénio e produz água e grandes quantidades de CO2, que forma bolhas de gás, ou seja alguns dos “buracos” que encontramos no pão e que o tornam mais leve. A fermentação, por sua vez, não implica a utilização de
oxigénio, mas produz menor quantidade de ATP, menor quantidade de CO2, e ainda  etanol (fermentação alcoólica). Portanto no fabrico de pão seria aconselhável manter condições que permitissem a respiração celular. As leveduras enquanto têm oxigénio que entra na massa ao amassar fazem respiração celular. Quando este falta fazem fermentação.

                Mãos na massa
                Para a produção do pão, a professora preparou previamente dois copos: o copo A com água quente, açúcar e fermento (leveduras), e o copo B com apenas água  quente e açúcar. Os alunos pesaram duas chávenas de farinha com igual quantidade e colocaram-nas em duas taças, A e B, acrescentando também, a cada taça, uma colher de café de sal fino e uma colher de chá de manteiga. Mexeram com os dedos a massa formada e acrescentaram à taça A o conteúdo do copo A e à taça B o conteúdo do copo B. Ficou portanto a taça A com a mistura com fermento e a taça B com a mistura sem fermento. Deste modo, é possível analisar a atividade das leveduras, ao observar as diferenças entre as duas massas.
                Após obter os dois tipos diferentes de massa, estes foram estendidos, batidos e amassados na mesa.  Em seguida, foram colocados de novo nas respetivas taças, cobertos com película aderente e guardados na estufa a 37oC durante uma hora. Após esse tempo, verificou-se que a massa da taça A estava significativamente maior do que a massa da taça B. As duas foram então divididas em bocados pequenos que foram colocados num tabuleiro untado com manteiga, cobertos com película aderente e deixados a repousar durante 15 minutos. Verificou-se mais uma vez um aumento do volume da massa com fermento. Em seguida, o tabuleiro foi colocado na estufa a 230oC durante 15 minutos, até os pães estarem bem cozidos e prontos para serem comidos. No final, os pães com fermento eram maiores, mais leves, mais estaladiços e apresentavam mais bolhas deixadas pelo dióxido de carbono e talvez pelo etanol que ao passar de líquido a gás, pelo calor do forno, se expandiu e chegou ao nariz de muita gente do bloco C2 que perguntava:” de onde virá este cheirinho a pão quente?”
               
                Papilas gustativas em ação
                Após todo este trabalho, restava apenas comparar o sabor dos dois tipos de pão. A turma, a professora e as funcionárias reuniram-se para provar os resultados da experiência. O pão quentinho e com manteiga foi a melhor forma de terminar o 2º Período.
Ah ! Utilizaram a mesma quantidade de manteiga nos dois tipos de pão e puderam dizer “muito obrigada leveduras”, embora  todo o pão se tivesse esgotado tal era o apetite ou a vontade de comer o produto obtido.

Notícia produzida por:
Sara Alberto  - 12ºA

1 comentário:

  1. É um grande e sentido orgulho pertencer a uma Comunidade Educativa que tem professores, alunos e funcionários tão intervenientes e crentes no que fazem.

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